fev 6, 2020 | Exames, Saúde, Urodinâmico
O “estudo urodinâmico” ou “avaliação urodinâmica” é um exame que tem como objetivo avaliar o funcionamento do trato urinário inferior. Efetivamente é demostrada na avaliação se a bexiga consegue cumprir sua função: armazenar urina sob baixa pressão e proporcionar adequado esvaziamento (micção normal).
Distúrbios da fase de armazenamento e/ou de esvaziamento da bexiga podem provocar alterações que se expressam através de diminuição do jato urinário (jato urinário fraco), retenção urinária, micções diurnas ou noturnas frequentes, incontinência urinária (perda involuntária de urina), dor ao urinar.
A avaliação urodinâmica pode ser indicada em determinadas circunstâncias:
• Quando ocorre Aumento da próstata (avalia a presença de obstrução ao fluxo urinário pela próstata, bem como a força de contração da bexiga)
• Quando há Incontinência urinária na mulher (determina a causa exata da perda de urina: se a incontinência está associada à urgência miccional/bexiga hiperativa ou se ocorre secundariamente a esforços)
• Quando existe Incontinência urinária no homem (exemplo: incontinência urinária após cirurgia para remoção da próstata)
• Caso de Crianças com meningomielocele
• Alguns Pacientes com lesões neurológicas (“bexiga neurogênica”)
“Além desses exemplos, existem situações mais individuais e peculiares a uma pessoa em que seu médico ache necessário o exame”.
A solicitação do exame deve ser feita pelo médico, com o objetivo de determinar com maior exatidão a causa dos sintomas urinários do paciente. Deve-se ressaltar que a urodinâmica é particularmente importante para pacientes com doenças neurológicas, em especial quando há doenças da medula espinhal.
Caso você teve a indicação desse exame pelo seu médico, entre em contato conosco para agendamento do seu exame!
Dr. Victor Miyakuchi
CRM 135.681
RQE 73356
jan 22, 2020 | Exames, Urologia Adulto
Tratar os cálculos renais?
Hoje falaremos dum assunto que preocupa a muitas pessoas sejam homens e mulheres, O Cálculo renal é O que é Cálculo renal?
O Cálculo renal é uma massa sólida formada por pequenos cristais, que podem ser encontrados tanto nos rins quanto em qualquer outro órgão do trato urinário. O cálculo renal é conhecido popularmente como pedras nos rins. Esta anomalia traz muita dor e desconforto afetando as atividades físicas e de rotina diária.
Existem quatro tipos de cálculos renais, sendo que um se diferencia do outro no que diz respeito à sua formação e principais características. Os tipos de pedras no rim existentes são:
• Cálculos de cálcio
• Cálculos de cistina
• Cálculos de estruvita
• Cálculos de ácido úrico
Tratamento de Cálculo renal
O tipo de tratamento a ser aplicado ao paciente vai depender do tamanho e localização da pedra e dos sintomas apresentados.
Quando as pedras são pequenas e não manifestam muitos sintomas, o paciente não precisará passar por procedimentos muito invasivos. Para essa situação, o médico poderá indicar algumas medidas que ajudam na recuperação:
Beber muita água (de dois a três litros por dia) ajuda a eliminar as pedras por meio da urina
Analgésicos para a dor provocada pelo cálculo renal também são uma opção
Porém, no caso em que as pedras são grandes e causam sintomas mais fortes ao paciente, o tratamento deve ser realizado duma forma diferente. Quando as Pedras são maiores não podem ser expelidas sozinhas, podem causar sangramentos, danos mais graves aos rins e infecções no trato urinário. Para esses casos, procedimentos mais invasivos devem ser utilizados, a exemplo de:
Litotripsia extracorpórea por ondas de choque eletro-hidráulicas. Esse tipo de tratamento consiste na criação de fortes vibrações para quebrar as pedras e facilitar a excreção
Nefrolitotomia percutânea: Consiste na retirada cirúrgica de pedras maiores por meio de um pequeno corte feito nas costas do paciente
Ureteroscopia. O médico inserirá um tubo muito fino por meio da uretra do paciente para retirar as pedras presentes no trato urinário
Cirurgia de glândulas paratireoides. Uma alteração nas glândulas paratireoides, localizada próxima à tireoide, faz com que ela aumente os níveis de cálcio no corpo, podendo causar pedras no rim. Caso haja alguma alteração nas glândulas o urologista tem que encaminhar o paciente para uma avaliação a ser realizada por um especialista em glândulas paratireoides.
Para maiores informações entre em contato conosco.
Dr. Victor Miyakuchi
CRM 135.681
RQE 73356
jan 13, 2020 | Exames, Saúde
Exame Urodinâmico
O estudo urodinâmico é um exame que permite avaliar a dinâmica do aparelho urinário inferior. De fato, permite avaliar o comportamento da bexiga nas fases de enchimento e esvaziamento, quer em homens, quer em mulheres.
Avalia também a função dos esfíncteres – músculos responsáveis por conter a urina e evitar perdas involuntárias. É feito por um urologista em regime de ambulatório, isto é, não exige internamento. Requer, sim, anestesia local, para introdução dos cateteres – tubos flexíveis de espessura mínima – que permitem medir as pressões do aparelho urinário e identificar eventuais problemas funcionais da bexiga.
Normalmente, o estudo urodinâmico não exige preparação específica, nomeadamente jejum. O doente deve estar de bexiga cheia, o que pode ser feito bebendo água algum tempo antes do exame.
Nos casos de incontinência grave, pode ser feito no próprio consultório, bastando para isso que o doente chegue um pouco mais cedo. Em casos pontuais, o médico pode solicitar a interrupção da toma de medicamentos ou outros cuidados, mas esta é uma decisão doente a doente.
Em resumo, o exame consiste em colocar cateteres (tubos fininhos) na bexiga. Depois, vai-se enchendo a bexiga com soro fisiológico e observa-se a sua evolução: quanto líquido tolera, como aumenta a pressão, qual a sensibilidade, que estímulos despertam contrações anormais da bexiga. Este estudo envolve quatro fases, cada uma com um objetivo concreto. Posteriormente falaremos sobre cada Fase.
Nossa clínica está à disposição para lhe auxiliar, tirar dúvidas
e fazer este exame.
Para maiores informações entre em contato conosco.
Agende sua visita na clínica!
Dr. Victor Miyakuchi
CRM 135.681
RQE 73356
out 8, 2019 | Urologia Adulto
Olá a todos, tudo bem?
Hoje darei seguimento ao post inicial do blog. É hora de explicar a parte técnica da Vasectomia.
Começo sempre essa explicação dizendo que o esperma do homem é como uma sopa.
Ele tem uma parte líquida e uma parte sólida.
A parte líquida, é produzida nas vesículas seminais, próstata e em pequenas glândulas que ficam próximas a uretra (as glândulas para-uretrais). Esses órgãos estão em contato intimo à base da uretra, na porção mais interna do pênis do homem, por assim dizer.
Já a maior parte do sólido dessa sopa, os espermatozoides, são produzidos nos testículos, órgãos que estão na bolsa testicular e afastados dos demais órgãos que produzem o líquido.
Para que haja a mistura do liquido com o sólido, existe um canal que leva os espermatozoides até as vesículas seminais.
O nome desse canal é Ducto Deferente e é ele que é ligado (“interrompido”) na vasectomia.
Com o fluxo desse canal interrompido, não há transporte dos espermatozoides para que se misturem com a parte líquida do sêmen.
Assim sendo, após a vasectomia o homem segue ejaculando normalmente, sem mudanças na parte líquida, porém, ejaculando um líquido que não tem mais espermatozoides.
Como são os espermatozoides que realizam a fecundação, a parte sólida e não a líquida, o homem torna-se estéril mantendo sua ejaculação.
Pelo fato do Ducto Deferente transportar apenas espermatozoides, não há alterações hormonais e nenhum prejuízo sexual como diminuição do interesse para ter relações, ereções mais fracas ou orgasmo adiantado.
Para que médico e paciente se certifiquem do sucesso do procedimento, deve-se realizar um espermograma, exame que analisa o esperma do homem.
Cabe ao médico informar qual momento o homem deve fazer o exame.
Após a vasectomia, o médico deve orientar o homem quando retornar às suas relações sexuais e é importante deixar claro que até o resultado desse espermograma, o homem ou o casal deve manter os cuidados contraceptivos! Sem o resultado do espermograma o médico não pode garantir o sucesso da vasectomia!
Sobre tempo de recuperação, isso depende da conduta do médico.
Costumo dizer que a vasectomia é um procedimento que permite recuperação branda e retorno rápido do homem às suas atividades do dia a dia.
Espero ter sido claro e ajudado vocês a entender melhor, tanto questões legais quanto técnicas referentes à vasectomia.
Alguma dúvida que não tenha ficado clara nesses posts? Agende uma consulta comigo, vai ser um prazer responde-las pessoalmente!
Obrigado pela atenção, tenham todos um ótimo dia!
Dr Victor Miyakuchi, Urologista.
set 17, 2019 | Urologia Adulto
Olá a todos!
Esse é o nosso primeiro texto para o Blog da Clínica e então
achei que seria muito bom falar sobre um dos principais temas no nosso
consultório: a Vasectomia.
A Vasectomia é a cirurgia esterilizadora masculina, algo
como o oposto da “laqueadura”.
Ela (e o planejamento familiar como um todo) é regulada pela
lei Nº 9263 de 12 de janeiro de 1996 e nessa lei fica explicito as condições
necessárias para que o homem se candidate à Vasectomia.
São elas: Idade mínima de 25 anos, ou ter pelo menos dois
filhos.
Vejam que estado civil não é razão de possibilidade ou
impossibilidade para a cirurgia e que as condições não precisam acontecer ao
mesmo tempo!
Ou seja, o homem pode ser casado, solteiro, estar em união
estável, etc. A vasectomia pode ser feita em homens com menos de 25 anos que
tenham pelo menos 2 filhos, ou mesmo em homens com pelo menos 25 anos com um
filho ou mesmo sem filhos.
Esses exemplos foram dados de propósito, pois nesses
“extremos”, além da avaliação do Urologista, o paciente pode também precisar de
aconselhamento por psicólogo. Importante para avaliar o grau de decisão do
paciente e a saúde conjugal.
A respeito da decisão do paciente e para evitar decisões
precipitadas, o Artigo 10º inciso 1º da lei revela que o paciente deve registrar
sua vontade expressa por sua assinatura em documento que fale sobre o
procedimento, sobre suas consequências, possíveis efeitos colaterais, Termo de
Consentimento. Quando o homem está em qualquer forma de relacionamento
homoafetivo estável, esse documento também levara o nome de sua parceira, que
também deverá assinar o documento.
Tanto para cirurgias por convênio, quanto para as
particulares, após assinado, esse documento deverá ter as assinaturas
reconhecidas em cartório.
O 1º paragrafo do Artigo 10 da Lei, prevê que o candidato à
vasectomia deverá respeitar um prazo mínimo de sessenta dias entre a
manifestação da vontade da Vasectomia e o ato cirúrgico. Para os convênios,
geralmente esse prazo é contato a partir da data da última assinatura levada ao
cartório para ser reconhecida.
Bem, esse artigo de hoje tinha como propósito abordar apenas
essa parte mais técnica e Legal sobre a Vasectomia.
No nosso próximo post, falarei sobre a parte “prática” da
Vasectomia, ok?
Obrigado pela atenção, tenham todos um bom dia!
Dr Victor Miyakuchi
Urologista
CRM: 135681
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