Novembro Azul: Tudo que você precisa saber sobre o Câncer de Próstata.
O mês de novembro é dedicado a conscientização da saúde masculina, e a campanha do Novembro Azul reafirma a importância de focar a atenção nos tumores urológicos.
O câncer de próstata, segundo mais comum entre os homens, é a causa de morte de 28,6% da população masculina, e de acordo, com um estudo do Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido a enfermidade.
Esse número alto de mortes ocorre, infelizmente, porque a maioria dos homens só descobrem o câncer quando os sintomas estão fortes e a doença está em um estágio avançado.
Nesse artigo você vai encontrar todas as informações que precisa saber sobre o câncer de próstata. Continue a leitura!
O que é a próstata?
A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas, e se assemelha a uma castanha. Ela localiza-se abaixo da bexiga e sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma.
Fatores de risco
Existem alguns fatores de risco que podem aumentar as chances de um homem desenvolver câncer de próstata, são eles:
- Idade – Estudos apontam que tanto a incidência, quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos.
- Histórico familiar – Pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos podem demonstrar tanto fatores genéticos, quanto hábitos alimentares e estilo de vida de risco de algumas famílias.
- Sobrepeso e obesidade – O excesso de gordura no corpo aumenta o risco de câncer de próstata avançado.
Quais os sinais e sintomas?
Quando em estágio inicial, o câncer de próstata tem evolução silenciosa, e em geral, os pacientes não apresentam nenhum sintoma. Entretanto, quando apresentam, estes são semelhantes aos de crescimento benigno da próstata, sendo:
- Dificuldade de urinar;
- Necessidade de urinar mais vezes durante dia ou à noite.
Na fase avançada, os sintomas mais comuns podem ser a dor óssea e sintomas urinários ou, quando mais graves, infecção generalizada ou insuficiência renal.
Prevenção
Estudos comprovam que uma um dieta rica em frutas, verduras, grãos e cereais integrais, com menos gordura (principalmente as de origem animal) ajuda a diminuir o risco de câncer, e outras doenças crônicas não-transmissíveis.
Além disso, outros hábitos saudáveis também são recomendados, como:
- A prática diária de atividade física;
- Índice de Massa Corporal (IMC) adequado;
- Diminuir o consumo de álcool;
- Não fumar.
Detecção precoce
A detecção precoce do câncer de próstata é uma estratégia utilizada para encontrar um tumor numa fase inicial, que possibilita maior chance de um tratamento bem sucedido.
Ela é feita através da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópios ou radiológicos de pessoas com sinais e sintoma sugestivos da doença.
Como é feito o diagnóstico?
Para investigar a presença ou não do câncer de próstata, são feitos basicamente dois exames iniciais:
- Exame de toque retal – Nesse exame o médico avalia tamanho, forma e textura da próstata, introduzindo o dedo protegido por uma luva lubrificada no reto. Este exame permite palpar as partes posterior e lateral da próstata.
- Exame de PSA – Esse é um exame de sangue que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata – Antígeno Prostático Específico (PSA). Níveis altos dessa proteína podem significar câncer, mas também doenças benignas da próstata.
A confirmação do câncer de próstata é feita através de uma biópsia. Nesse exame são retirados pedaços muito pequenos da próstata para serem analisados no laboratório.
A indicação da biópsia depende do toque retal e valores de PSA.
Quais as formas de tratamento?
Para a doença localizada, ou seja, que só atingiu a próstata e não se espalhou para outros órgãos, os tratamentos que podem ser oferecidos são:
- Cirurgia;
- Radioterapia;
- Observação vigilante (em situações especiais).
Para a doença localmente avançada, pode ser recomendado:
- Radioterapia;
- Cirurgia em combinação com tratamento hormonal.
Para a doença metastática, ou seja, quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo, o tratamento mais indicado é a terapia hormonal.
A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada, e é definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um.
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